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sexta-feira, 21 de março de 2014

Linguagem da Engenharia é Universal

Bom dia amigos Engenheiros, hoje o tema é TRABALHO EM EQUIPE. O título é meio grande, porque eu retirei da frase final deste filme antigo:


Para quem não gosta de filmes, não tem problema, segue aqui o resumo. Uma Metalúrgica da década de 1950 construindo locomotivas a vapor. O filme se passa em um dia de trabalho do Engenheiro responsável pela planta, Ted Wilson. O mais interessante de tudo não é o processo metalúrgico em si, pois é muito primitivo e essa tecnologia é muito ultrapassada. O interessante é o valor que os operários tem para Ted, desde o pequeno menino aprendiz até o chefe da fábrica, todos são parabenizados na tarefa bem feita, e são educadamente (ao estilo Inglês) corrigidos para melhorar sua produção. É claro que 60 anos mais tarde, devemos fazer algumas correções no filme.

Percebam as condições de trabalho, insalubre e perigoso. Hoje em dia, a fábrica deve ser bem limpa, iluminada, os operários devem usar EPI (equipamento de Proteção Individual), o Chefe dos Bombeiros deve providenciar os EPC (Equipamento de proteção coletiva), a elevação de cargas deve ser sinalizada e ninguém pode ser permitido transitar em baixo da carga elevada. Quem gosta de filmes, essa aqui é a cara de uma fábrica do século 21:


Perceba a diferença brutal nas condições de trabalho, porém, um detalhe importante: hoje em dia é RARÍSSIMO uma fábrica ter um sistema de jovem aprendiz, as empresas modernas esperam que o jovem se forme e adquira experiência ainda na Universidade, longe do processo produtivo. Isso porque o processo produtivo foi otimizado a tal ponto que não pode haver nenhum erro na cadeia produtiva, o menor dos erros custam milhões de dóllares de prejuízo, e os jovens em aprendizado cometem erros. É natural do ser humano cometer erros por falta de experiência, mas esse aspecto humano é ignorado quando se tem um processo automatizado, mecanizado a prova de erros.

Perceba também que no filme antigo haviam muitos estrangeiros trabalhando e estudando na própria escola técnica mantida pela fábrica. Hoje em dia, eu assisti o documentário inteiro duas vezes, não encontrei nenhum estrangeiro trabalhando na Rolls- Royce, mas é claro que posso estar errado. Vivemos hoje em um mundo globalizado, onde a internet tornou praticamente obrigatório a mistura e o contato direto com outras culturas. Sendo assim, qual seria a justificativa para que o "Recursos Humanos" das empresas não contratem mão de obra de outras culturas? Como o título diz, a Engenharia é Universal, a matemática é Universal, Se eu pedir um cálculo balístico para um Engenheiro Indiano calcular a trajetória de um satélite, ele pode me responder com centímetros de precisão. Se eu pedir um cálculo estrutural do concreto de um edifício para um Engenheiro Civil da Indonésia, ele pode me responder com precisão de g/cm³. E um engenheiro Inglês é tão bom quanto qualquer outro engenheiro do Mundo, não importa a nacionalidade.

Eu pesquisei um pouco, e acho que fui injusto com o RH. A razão para desprezar estrangeiros é o vazamento de segredos industriais. A Rolls-Royce é a única empresa que sabe fazer as lâminas de titânio das turbinas a jato. Se esse segredo vazasse para outro país, com um custo de produção menor, a Rolls estaria falida. Se os Chineses soubessem fazer turbinas de avião, teríamos dois problemas mundiais: Primeiro, suas turbinas seriam baratas e não confiáveis, teríamos centenas de aviões caindo todo mês. Segundo, todas as empresas aeronáuticas do resto do mundo fechariam suas portas e milhões de operários e Engenheiros estariam desempregados. Então, esse comportamento xenofóbico é compreensível, até certo ponto.

O Trabalho em equipe é fundamental para se realizar grandes trabalhos, e dito isso gostaria de fazer uma crítica ao nosso sistema capitalista, a guerra do menor preço. Mais barato é melhor? Vamos recordar um antigo e sábio provérbio: " A corrente sempre arrebenta no seu elo mais fraco". Quem é o elo mais fraco na cadeia produtiva? O dono da fábrica? Não, o patrão está indo muito bem, acabou de encomendar a nova Bugatti Veiron, será entregue em seu castelo na semana que vem. O elo mais fraco são os Engenheiros projetistas? Não, sem eles não existem novos produtos. Na verdade Hollywood fez essa burrice, demitiu os roteiristas que escreviam os filmes, e desde 2008 não é produzido 1 filme que presta, nenhum. O elo mais fraco é a qualidade da matéria prima? Não, o seu produto é tão bom quanto sua matéria prima, a exemplo temos os produtos chineses, principalmente o aço chinês. A metalurgia chinesa está 40 anos defasada, no mínimo. O aço deles é tão fraco que é mais fácil quebrar a chave de fenda em dois pedaços do que "espanar" a cabeça do parafuso.

Meus amigos, ricos e pobres iguais, vamos descer de nossos pedestais e berços de ouro por um minuto, precisamos discutir as condições trabalhistas em nosso país. A grande massa trabalhadora não tem salário suficiente para consumir. Sem consumo, não existe produção. Sem produção, não existe lucro. Sem lucro não existe Bugatti nova no seu castelo, está "sacando" o raciocínio? Para o capitalismo funcionar 100%, deve haver MOVIMENTO na economia, dinheiro deve circular de mão em mão, mercadorias produzidas e entregues, consumidas, descartadas e renovadas. O que está matando nosso Capitalismo é O ACÚMULO DE RIQUEZA, sem movimento, sem pagar as pessoas, as pessoas não tem como pagar você de volta. Simples assim.

Eu estou tentando diminuir meu pessimismo então vou parar com as críticas por aqui, acho que já deu para entender.

Vamos mudar de assunto então? Eu sonhei com esse projeto hoje: PAINT






Na verdade a idéia original não é minha, é claro que roubei de outro lugar. Um cara vendedor de câmeras queria fazer um teste de resistência no seu equipamento. Então ele amarrou um balão meteorológico cheio de hidrogênio na câmera e soltou. O balão foi até a Estratosfera, 50km de altura, daí para o espaço são apenas mais 30km. Sem a atmosfera para causar atrito no foguete, um pequeno foguete poderia levar um pequeno satélite de comunicações até uma órbita de 100km de altura, e então teríamos INTERNET GRÁTIS. Fala a verdade, você gostou, achou genial. É eu sei, às vezes eu acerto na mosca.

Com a tecnologia de computadores atuais, até mesmo um celular poderia servir de satélite no espaço, ao contrário daquelas velharias que a NASA joga no espaço, do tamanho de um ônibus circular. Outra idéia é usar o lançamento por avião. Muito mais econômico.





Isso porque na verdade os foguetes funcionam melhor no vácuo do espaço, enquanto que aqui na atmosfera, um avião é a escolha mais econômica. A NASA mandou os astronautas para a LUA usando UM MÍSSEL BALÍSTICO INTERCONTINENTAL, projetado pelo exército para jogar bombas na Rússia. O problema é peso, os aviões levantam somente 100 toneladas de carga, muito pouco. E se o foguete fosse um avião, ou o avião fosse um foguete? Para a Engenharia não existe IMPOSSÍVEL, mas existem limitações. Um veículo totalmente reutilizável precisaria de muita manutenção, até por isso que os ônibus espaciais não voam mais, são muito caros. É mais barato, infelizmente, fazer foguetes descartáveis, usou joga fora. Você conhece o Prêmio X?

http://www.xprize.org/

Mr. Silvio Miglio ( SILVIO MANOEL LAPA MIGLIO ) announce today a creation of a  investment fund to invest in the first private Brazilian AeroSpace StartUP SpaceMETA ( www.spacemeta.com ). - We are Here to do the Impossible Things ...




Sim, NÓS TEMOS UM BRASILEIRO NA CORRIDA ESPACIAL. Parabéns especial para nosso compatriota, Dr. Sílvio Manoel. Uma salva de palmas por favor.

Fico por aqui, Muito Obrigado a todos pela companhia, vamos continuar sonhando, a vida é difícil e chata, mas nossos sonhos podem nos levar a lugares inesperados. Abraços a todos.

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