Pipoca de fogo

Bom dia amigos engenheiros, essa semana eu fiquei um pouco doente, estou desanimado para fazer as coisas. Preciso estudar que semana que vem chega meu certificado de NR10 e vou trabalhar finalmente, graças a Deus.

Eu estava assistindo meu programa, Air crash investigation no NATGEO, e vi um avião que fez um pouso de emergência de barriga, o trem de pouso não abriu, e o piloto fez o pouso muito bem, ninguém morreu no pouso. O problema é que a asa bateu no chão e quebrou, vazando querosene no chão. Algumas faíscas incendiaram o combustível, e 40 e tantas pessoas morreram por calor e inalação de fumaça tóxica, devido ao incêndio. Você faz o mais difícil que é sobreviver a queda de um avião caindo no chão duro a 300km/h , e morre no mais fácil, que é sair do avião sem morrer asfixiado por fumaça de incêndio.

Eu achei uma tragédia enorme, e me deu fome e fui na cozinha. Nada na geladeira, pra variar, então no armário atrás das farinhas (OBS: Porque Brasileiro é TARADO por farinha? Aqui tem de trigo, milho, mandioca, aveia, láctea e com fibras. FARINHA NÃO É COMIDA!!!) achei uma pipoca de microondas. Enquanto as pipocas estouravam eu fiquei pensando no avião pegando fogo. Daí um neurônio na minha cabeça fez "POP". PIPOCA!!!

Os bombeiros apagam incêndios de combustíveis usando ESPUMA. É uma espuma especial, parecida com sabão mais alguns aditivos químicos, que cobrem o combustível, assim como a espuma da cerveja, e evita o contato do combustível com o oxigênio, apagando o fogo.

Se for usado apenas água, o incêndio não apaga, o fogo pode ser muito intenso mesmo debaixo de chuva, porque o combustível é oleoso e flutua sobre a água, encontrando oxigênio e completando o ciclo do fogo, CALOR, COMBUSTÍVEL E OXIDANTE. Nem todo fogo usa oxigênio, existem incêndios químicos que funcionam até no vácuo do espaço, por exemplo a pólvora da bala de um revólver moderno.

E é aqui que entra a PIPOCA, mas não é essa que você está acostumado a comer durante o filme, não. 

A minha idéia é criar uma pipoca artificial, metálica, contendo sabão no seu interior. Os grãos da pipoca artificial ficariam dentro do tanque do combustível, misturado com o combustível líquido. Durante um incêndio, o efeito pipoca espalharia sabão sobre todo o incêndio, senão apagando pelo menos dando mais tempo para os bombeiros chegarem e apagarem as chamas por completo. O ciclo da pipoca é este:

Imagine uma bola de metal, ou de polímero que não solte fumaça tóxica (baquelite ainda existe?), com um recheio de espuma anti incêndio e água, ou algum líquido que exploda melhor sob pressão e calor, explosivo líquido?

Então, eu tive essa idéia mas sem laboratório fica difícil testar. A idéia central aqui é o seguinte: O milho de pipoca ocupa menos de 10% do volume do saco de pipocas estouradas. A pipoca anti-chama deve explodir tanta espuma que ocuparia 100 ou 200 vezes mais volume, 0,5% do volume em grãos sólidos. Outra possibilidade é que o recheio da pipoca seria uma substância química que reage com o combustível, transformando o perigoso combustível em um inerte sólido e um inerte gás. E infelizmente eu não sou nenhum cientista, mas aparentemente os Hidrocarbonetos inertes (é o nome dos combustíveis que não pegam fogo) possuem átomos de Flúor, então uma reação química rica em flúor poderia inutilizar o combustível do avião antes que ele incendiasse.

É só por hoje pessoal, vou voltar pra cama, tô mal. Talvez até tome remédios dessa vez, coisa rara pra mim, odeio remédio. Forte abraço, até a próxima.